A "Alegria do Evangelho", Evangelii Gaudium, é
o título da primeira carta apostólica do Papa Francisco (segundo documento
papal depois de Lumen Fidei, escrita em conjunto com Papa Bento XVI)
que será entregue à Igreja no encerramento do Ano da Fé, no próximo domingo, na
Festa de Cristo Rei.
Interessante a "Alegria do Evangelho" ser anunciada
após a "Luz da Fé" colocada a brilhar no Ano da Fé. "« Eu não te
disse que, se acreditares, verás a glória de Deus? » (Jo 11, 40). Quem
acredita, vê; vê com uma luz que ilumina todo o percurso da estrada, porque nos
vem de Cristo ressuscitado, estrela da manhã que não tem ocaso." (Lumen
Fidei, nº1).
Pode se pensar que a esperança e a alegria serão temas
trazidos na Carta, como testemunho de fé daqueles que encontraram o
Ressuscitado, batizados evangelizadores, protagonistas de uma Nova Evangelização. Ainda, mais uma vez a Igreja evidencia o valor da beleza da
arte, como forma privilegiada para a evangelização, pois na entrega simbólica
da Carta aos Católicos, que acontecerá no Vaticano, após a missa de encerramento do Ano da Fé, ela também será dada a artistas, que contarão entre os fieis escolhidos para representarem o mundo católico distribuído nos cinco continentes.
Os
primeiros a receberem das mãos do papa a "Alegria do
Evangelho" serão um bispo, um padre e um diácono da Letónia,
Tanzânia e Austrália, respectivamente. Em seguida, será dada a um grupo
religioso, a alguns jovens crismandos, um seminarista, uma noviça, a uma
família, a catequistas e outros representantes de Movimentos, enquanto uma
versão da carta, em áudio, será entregue a uma pessoa cega.
É necessário receber essa mensagem com o coração aberto e
acolher as primeiras palavras de Papa Francisco que continuarão iluminando
nossa caminhada, pós Ano da Fé. A "Alegria do Evangelho" deve converter-se em chama que ajudará a manter acesa a "Luz da Fé". "Urge recuperar o carácter de luz
que é próprio da fé, pois, quando a sua chama se apaga, todas as outras luzes
acabam também por perder o seu vigor. De facto, a luz da fé possui um carácter
singular, sendo capaz de iluminar toda a existência do homem. Ora, para que uma
luz seja tão poderosa, não pode dimanar de nós mesmos; tem de vir de uma fonte
mais originária, deve porvir em última análise de Deus. A fé nasce no encontro
com o Deus vivo, que nos chama e revela o seu amor: um amor que nos precede e sobre
o qual podemos apoiar-nos para construir solidamente a vida" (Lumen Fidei,
nº 4).
Quem desejar aprofundar a narrativa, e nela encontrar as chaves
para sua caminhada cristã no mundo atual, sugere-se realizar a leitura e estudo
dos três documentos que marcaram o Ano da Fé: Porta Fidei (Papa Bento XVI), Lumen Fidei (Papa Emérito Bento XVI e Papa Francisco)
e Evangelli Gaudium (Papa Francisco). Esses documentos compõem um itinerário
para a Nova Evangelização e a caminhada individual de cada cristão em meio à
sociedade contemporânea. No Ano da Fé, "A fé uniu e permitiu recordar
a todos o fundamento do nosso crer: Jesus Ressuscitado, esperança para uma vida
nova. Um compromisso ao qual a Igreja é chamada. Crer significa comunicar
a outros a alegria do encontro com Cristo. A Exortação Apostólica do
Papa, pois, converte-se em uma missão que vem encomendada a todos os batizados
para se converterem em evangelizadores." (http://www.ihu.unisinos.br)
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