quarta-feira, 20 de novembro de 2013

"A Alegria do Evangelho" permeando a Nova Evangelização: tema da primeira Carta Apostólica de Papa Francisco


A "Alegria do Evangelho", Evangelii Gaudium,  é o título da primeira carta apostólica do Papa Francisco (segundo documento papal depois de Lumen Fidei, escrita em conjunto com Papa Bento XVI) que será entregue à Igreja no encerramento do Ano da Fé, no próximo domingo, na Festa de Cristo Rei.

Interessante a "Alegria do Evangelho" ser anunciada após a "Luz da Fé" colocada a brilhar no Ano da Fé. "« Eu não te disse que, se acreditares, verás a glória de Deus? » (Jo 11, 40). Quem acredita, vê; vê com uma luz que ilumina todo o percurso da estrada, porque nos vem de Cristo ressuscitado, estrela da manhã que não tem ocaso." (Lumen Fidei, nº1).

Pode se pensar que a esperança e a alegria serão temas trazidos na Carta, como testemunho de fé daqueles que encontraram o Ressuscitado, batizados evangelizadores, protagonistas de uma Nova Evangelização. Ainda, mais uma vez a Igreja evidencia o valor da beleza da arte, como forma privilegiada para a evangelização, pois na entrega simbólica da Carta aos Católicos, que acontecerá no Vaticano, após a missa de encerramento do Ano da Fé, ela também será dada a artistas, que contarão entre os fieis escolhidos para representarem  o mundo católico distribuído nos cinco continentes.

Os primeiros a receberem das mãos do papa a "Alegria do Evangelho" serão um bispo, um padre e um diácono da Letónia, Tanzânia e Austrália, respectivamente. Em seguida, será dada a um grupo religioso, a alguns jovens crismandos, um seminarista, uma noviça, a uma família, a catequistas e outros representantes de Movimentos, enquanto uma versão da carta, em áudio, será entregue a uma pessoa cega.

É necessário receber essa mensagem com o coração aberto e acolher as primeiras palavras de Papa Francisco que continuarão iluminando nossa caminhada, pós Ano da Fé. A "Alegria do Evangelho" deve converter-se em chama que ajudará a manter acesa a "Luz da Fé". "Urge recuperar o carácter de luz que é próprio da fé, pois, quando a sua chama se apaga, todas as outras luzes acabam também por perder o seu vigor. De facto, a luz da fé possui um carácter singular, sendo capaz de iluminar toda a existência do homem. Ora, para que uma luz seja tão poderosa, não pode dimanar de nós mesmos; tem de vir de uma fonte mais originária, deve porvir em última análise de Deus. A fé nasce no encontro com o Deus vivo, que nos chama e revela o seu amor: um amor que nos precede e sobre o qual podemos apoiar-nos para construir solidamente a vida" (Lumen Fidei, nº 4).

Quem desejar aprofundar a narrativa, e nela encontrar as chaves para sua caminhada cristã no mundo atual, sugere-se realizar a leitura e estudo dos três documentos que marcaram o Ano da Fé: Porta Fidei (Papa Bento XVI), Lumen Fidei (Papa Emérito Bento XVI e Papa Francisco) e Evangelli Gaudium (Papa Francisco). Esses documentos compõem um itinerário para a Nova Evangelização e a caminhada individual de cada cristão em meio à sociedade contemporânea. No Ano da Fé, "A fé uniu e permitiu recordar a todos o fundamento do nosso crer: Jesus Ressuscitado, esperança para uma vida nova. Um compromisso ao qual a Igreja é chamada. Crer significa comunicar a outros a alegria do encontro com Cristo. A Exortação Apostólica do Papa, pois, converte-se em uma missão que vem encomendada a todos os batizados para se converterem em evangelizadores." (http://www.ihu.unisinos.br)

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